Carta a Jorge Alves
Meu prezado Camarada:
De Celorico vos escrevo. Espero encontrar-vos de boa saúde, pois da última vez que vos vi não aparentáveis boa figura. Não percebo com podeis por-vos mal disposto numa terra destas (que admiro e exulto num poema que mais tarde vos envio), conseguindo sobreviver no meio da poluição e da agitação dessa bela tristeza que todos adoram. Lamentavelmente vos comunico o que me leva a contactar-vos: minha pobre irmã adoeceu e neste encantado mundo genuíno não encontramos a cura... que deveria estar nas flores e nas águas da fonte, mas parece que lhe fugiram... (talvez por não se acercar da plenitude natural). Esperemos que não seja apenas uma fita tonta para vos visitar e para endoidecer tanto consigo como com esse caos ensurdecedor. Enfim..., já deveis ter percebido que recorremos à vossa benovolência para que possamos tratar da catraia. Desagrada-me também a solidão em que viveis e teria todo o prazer em mostrar-lhe quanta felicidade se pode encontrar numa (tida por vós) simples árvore, ou mesmo num vento leve ao entardecer (não menosprezando as outras horas do dia, claro). Felizmente não partímos sós, a Natureza é grandiosa em também aí vai ser o meu único refúgio para contradizer o maldito caos. Contra o meu agrado, pois não tenho pressa em deixar de Viver realmente, temos urgência em partir e gostávamos de uma resposta breve.
com sinceridade e apreço,
De Celorico vos escrevo. Espero encontrar-vos de boa saúde, pois da última vez que vos vi não aparentáveis boa figura. Não percebo com podeis por-vos mal disposto numa terra destas (que admiro e exulto num poema que mais tarde vos envio), conseguindo sobreviver no meio da poluição e da agitação dessa bela tristeza que todos adoram. Lamentavelmente vos comunico o que me leva a contactar-vos: minha pobre irmã adoeceu e neste encantado mundo genuíno não encontramos a cura... que deveria estar nas flores e nas águas da fonte, mas parece que lhe fugiram... (talvez por não se acercar da plenitude natural). Esperemos que não seja apenas uma fita tonta para vos visitar e para endoidecer tanto consigo como com esse caos ensurdecedor. Enfim..., já deveis ter percebido que recorremos à vossa benovolência para que possamos tratar da catraia. Desagrada-me também a solidão em que viveis e teria todo o prazer em mostrar-lhe quanta felicidade se pode encontrar numa (tida por vós) simples árvore, ou mesmo num vento leve ao entardecer (não menosprezando as outras horas do dia, claro). Felizmente não partímos sós, a Natureza é grandiosa em também aí vai ser o meu único refúgio para contradizer o maldito caos. Contra o meu agrado, pois não tenho pressa em deixar de Viver realmente, temos urgência em partir e gostávamos de uma resposta breve.
com sinceridade e apreço,
Artur